domingo, 16 de setembro de 2012

O Excremento do IBGE


Trecho da resenha crítica do Texto "Para ensinar e aprender geografia" de Nídia N. Pontuschka, Tomoko I. Paganelli e Núria H. Cacete, que fiz para a disciplina de Geografia, Infância e Ensino
"Ao mesmo tempo em que, com a globalização, as relações sócio-políticas se tornaram mais complexas, o surgimento de novas tecnologias intensificou as reflexões deste campo no Brasil, principalmente a partir da década de 70. Apesar disso, com as ideias positivistas, e ainda por grande culpa da repressão militar no país, a geografia foi reduzida ao acúmulo de informações e estatísticas, marcada pela criação do IBGE, que ainda está em plena atividade. Aparece neste ponto mais uma grande crítica dos autores: “sua abordagem tecnicista encobria questões políticas, econômicas e sociais presentes na análise crítica da situação”. (pág. 53)
                Podemos acrescentar ainda que o fato de o IBGE ser a principal fonte de informação veiculada nas grandes mídias nacionais não pode ser por acaso. Os expectadores têm a falsa sensação de que estão recebendo informação de uma instituição de confiança, mas não se dão conta de que eles mesmos não são capazes de interpretar estes dados. Sendo alvo de uma forma de manipulação."

Pra criticar a Globo e a Veja, isso dá um bom pano pra manga né?!

domingo, 2 de setembro de 2012

Texto escrito dia 30/08/12.

Já que a intenção aqui é principalmente arquivar minhas caraminholas sobre educação, aqui vai o texto que eu publiquei no Facebook na ultima quinta-feira sobre um assunto que estava bem em alta aqui em Floripa.

   "A pequenina Isadora Faber ficou famosa por criar a página Diário de Classe pra mostrar a decadência da escola pública que ela frequenta. Fiquei admirada com a repercussão disso, e as atitudes das autoridades me fizeram pensar [e me revoltar] em relação à educação. Pq hj eu sei q é disso que eu quero viver... de pensar na educação.
   Primeiramente vai meus parabéns 

à Isadora. Fiquei admirada e feliz de saber que ela não será dessas pessoas que sentará a bunda no sofá pra reclamar de como o Brasil não vai pra frente. Acredito que ela vai ser dessas que pinta a cara.
   Ótimo pra ela e pra todos os estudantes da Escola Maria Tomázia Coelho, lá do Santinho, que agora têm lustres, fechaduras, maçanetas e bebedouros funcionando. Mas tem outras tantas escolas aqui na ilha mesmo, e ainda mais no resto do estado e do país, que não tem nada disso, que não tem se quer giz.., que professor faz mágica pra dar aula [Digo isso com a propriedade de quem estudou onze anos da vida em escolas publicas].
Esta menina foi genial. Propositalmente ou não, publicou todo o lixo da rede pública de educação bem onde mais poderia causar polêmica, e na melhor época: próximo das eleições.
   Enquanto os políticos brigavam com o Facebook para terem o direito de fazer suas campanhas [cômicas e ridículas] nas nossas páginas, O Diário de Classe já tinha mais de 2.000 seguidores indignados com a situação.       Minha cara Isadora, sinto lhe informar que as reformas urgentes que estão acontecendo na sua escola, não significam de forma alguma que alguém se importa com a qualidade da sua educação. Quem está por trás disso na verdade quer uma coisa muito cara de volta: o voto da sua mãe, do seu pai, e de todas as pessoas que ficaram contentes com essa 'melhoria' que está estampada hoje no Diário Catarinense.
   É Inadmissível morar num dos países com uma das maiores cargas tributárias do mundo e nos contentarmos em mendigar direitos elementares.
   É revoltante pensar que o Estado de Santa Catarina, que se gaba sempre de ter os melhores resultados da educação brasileira [em testes bem duvidosos que o MEC aplica], tem escolas em estados tão precários.
   É vergonhoso pra uma das cidades que se diz ‘melhor qualidade de vida’ e ‘melhor lugar para se morar no Brasil’ tenha suas crianças frequentando escolas assim.
   Se a realidade é essa neste estado que tem os melhores resultados do IDEB, como li no DC há pouco tempo, me dói de tristeza pensar na realidade daquelas regiões que dizem estar por ultimo nestes índices.
   Esses são só alguns pontos que vieram à mente... Porque se eu continuar divagando, é melhor escrever um livro. Além disso, dá dor de cabeça pensar muito em época de eleição. Se eu não fosse justificar mais uma vez, eu anularia meu voto."

sábado, 1 de setembro de 2012

Do motivo e do nome do blog

   Não é  a primeira vez que dizem pra eu fazer um blog. E muito menos a primeira vez que eu tento fazer um. O motivo de mais esta tentativa é que desde que entrei no curso de Pedagogia há dois anos atrás, eu tenho tido inspirações repentinas principalmente sobre os assuntos da  educação. Acontece que nesses insights eu sempre acabava fazendo rabiscos, desenhos e textos em papéis soltos que se perdiam por aí. Daí o motivo deste blog. Não  me importa se pouca ou muita gente vai ler. Talvez ninguém leia. Mas quero este cantinho reservado pra guardar meus pensamentos à respeito disso que eu escolhi pra viver: a Educação

   Verdade que eu já perdi toda a criatividade publicitária que eu tinha quando me formei técnica em propaganda. Então todos os títulos que eu conseguia pensar  lógicamente já existiam. Daí eu fiquei fuçando em frases clichês relacionadas ao tema e sem querer caí numa página com frases do filme "A sociedade dos poetas mortos" que é simplesmente um filme inspirador. Pra dar uma resumidinha pra quem não viu, a história retrata um colégio modelo para meninos. A  educação se baseava na disciplina e excelência,  e a clássica pedagogia tradicional exercia dominação e opressão nos alunos para chegar à esses fins. Eis que o professor de literatura John Keating (Robin Williamsdesafia este modelo e incentiva seus alunos a pensarem além daquilo que lhes era imposto. Através da poesia, aqueles adolescentes tem a oportunidade de refletir e desejar a liberdade

   colégio do filme dizia se apoiar em quatro pilares: “Disciplina, tradição, honra, e excelência”. Os alunos debochavam e diziam que na verdade os pilares eram “Paródia, terror, decadência e excremento”.  Resolvi pegar emprestado esse sarcasmo adolescente e utilizar no titulo do meu blog.

   Pra mim, o propósito da  educação só pode ser a liberdade. Nada mais poderoso e precioso do que o conhecimento. Eu quero ser uma professora inspiradora como o professor Keating, e como as Bernadetes, as Nilvas, os Robertos, e tantos outros que foram marcantes na minha vida.